O clima de São João neste mês de junho tem se intensificado. A festa é uma das mais tradicionais do Nordeste brasileiro, trazendo consigo a alegria contagiante do forró, os deliciosos pratos à base de milho e, é claro, as famosas fogueiras que iluminam a noite. No entanto, em meio a essa celebração marcada por tradições, é importante ressaltar os riscos à saúde associados à fumaça proveniente dessas fogueiras. O médico pneumologista, Dr. André Luiz Brandão, professor do Instituto de Educação Médica IDOMED Estácio em Juazeiro, alerta para os principais cuidados neste período.
De acordo com o especialista, “o São João coincide com o inverno brasileiro, caracterizado por temperaturas mais baixas. Essa época do ano é propícia para o aumento da circulação de vírus respiratórios, especialmente em eventos com aglomerações, como é comum nas festividades juninas. A fumaça liberada pelas fogueiras, originada a partir de diferentes tipos de lenha utilizados como combustível, representa uma preocupação significativa para os pacientes portadores de doenças respiratórias, como asma, rinite, bronquite e outras enfermidades pulmonares crônicas”, pontua o Dr. Brandão.
Como pneumologista, o Dr. Brandão enfatiza a importância de adotar cuidados preventivos para evitar a exacerbação dessas condições de saúde. Ele ressalta que “é fundamental manter-se distante da queima das fogueiras, devido aos efeitos tóxicos da fumaça nas vias aéreas dos pacientes. Além disso, é recomendado manter uma boa hidratação, evitar aglomerações, utilizar roupas adequadas ao clima frio e verificar a imunização em dia para prevenir surtos sazonais de doenças virais”.
O especialista ressalta que, caso ocorram sintomas de piora respiratória, como dispneia (aumento do cansaço), sibilância (chiado no peito) ou o surgimento de expectoração persistente, é imprescindível procurar um médico o mais rápido possível para uma avaliação adequada e iniciar as medidas necessárias para reverter essas exacerbações.
O médico destaca a importância de aproveitar o São João com cautela, para que a festa seja duradoura, alegre e acolhedora. Ele reforça que “a saúde respiratória deve ser priorizada, garantindo que todos possam desfrutar dessa tradicional celebração com segurança”, conclui.
