A cada ano cresce o número de adeptos do ciclismo em Juazeiro e Petrolina. Com o aumento de simpatizantes do ciclismo cresce também as cobranças, solicitando políticas públicas e melhorias.
Em Juazeiro, o professor Sandro Batista, para fugir do sedentarismo iniciou uma nova etapa da vida: pedalar. Ele comemora a melhoria da qualidade de vida. “Já estou há 1 ano e 8 meses, ainda um iniciante”, avalia Sandro.
No meio das boas conquistas da melhoria da qualidade de vida ele cita também cobranças as autoridades. “Precisamos sim de mais ciclovias na zona urbana, a iluminação também é essencial pois trata da segurança do ciclista contra acidente e roubo”, diz professor Sandro Batista, ressaltando que a questão de respeito a distância entre o carro e o ciclista, a Lei do Código de Trânsito quase ninguém respeita.
A líder do Grupo de Ciclismo Chama na Catraca oficial de Juazeiro, Bahia, Hellen Calazans, no final do mês passado, participou do Programa Geraldo José, transmitido na Rádio Am 1190. Hellen lembrou que em Juazeiro e Petrolina, ano passado aconteceu vários acidentes envolvendo ciclistas, inclusive com mortes.
Em contato com a REDEGN ela reforçou os pedidos de melhorias para os adeptos do ciclismo, além dos que pedalam aqueles que usam para ir ao trabalho. “Aumentou muito o número de ciclistas na região e por isto precisamos de mais segurança, mais ciclovias, acostamentos e sinalização nas brs, já solicitamos ao Dnit placas”, diz Hellen.
Hellen também revela que procura sempre incentivar as pessoas e os iniciantes. Ela conta que já fez várias pedaladas em Jacobina, Cachoeira Véu da Noiva, e também um trecho, chamado longão, entre Juazeiro e Capim Grosso. “Já pedalei 380 km saindo de Juazeiro passando toda região do Salitre, Campo Formoso, voltando pela BR 407. Ciclismo é vida”, finaliza Hellen.
NÚMERO BRASIL: Infelizmente os dados mostram que número de acidentes graves envolvendo ciclistas aumentou no Brasil. O perfil dos ciclistas acidentados no país: 80% são homens, e quase metade tem de 20 a 49 anos.
“Um trauma cranioencefálico pode deixar sequelas para a vida toda. As amputações por ferimentos dentro dos acidentes com os ciclistas não são raras, e é outra complicação que você pode ter por toda a sua vida”, afirma Lina Maria Rizzo, professora da faculdade de Medicina da USP.
O número de ciclistas vítimas de acidentes graves de trânsito vem subindo ano a ano. As internações no SUS chegaram a 16 mil em 2021. Para o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, muitas lesões poderiam ser evitadas com o uso do capacete.
“O capacete não é obrigatório no Brasil, mas evidências científicas comprovam que ele salva vidas, porque, com certeza, caso ocorra um sinistro de trânsito, eles vão ter menos chance de ter lesões graves e óbitos nas estradas”, diz Antônio Meira, presidente da Abramet.
Com a pandemia, algumas pessoas trocaram o transporte público pelas bikes. Tem também mais entregadores nas ruas, e muitos deles usam a bicicleta para trabalhar.
Com mais ciclistas circulando por aí, não foi só a quantidade de acidentes que aumentou, mas a gravidade deles também. Nesses casos, o melhor sempre é chamar logo o socorro e evitar mexer na vítima.
“Pedir ajuda acaba auxiliando muito mais do que você tentar mexer, tentar manusear, ajudar aquela pessoa que está lá vitimada no asfalto”, afirma Antônio Meira.