Um funcionário de uma empresa terceirizada que presta serviço para a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) foi baleado quando realizava o seu trabalho, nesta quinta (15), em Abreu e Lima (PE). Ele fiscalizava uma ligação clandestina na casa do autor do disparo e foi atingido por um tiro, após a discussão.
A vítima foi na direção do autor do crime com um celular na mão. “Por que você está com piadinha aqui? Tu és homem ou não?”, afirma o atirador. A vítima rebate. “Quem está com piadinha”, diz.
Os dois entram em luta corporal. A vítima tenta desarmar o autor do crime e termina sendo atingida na barriga. Desesperado após ser ferido, ele pediu, por favor, para não ser assassinado.
“Por favor, por favor. Não me mate não. Eu tenho duas filhas”, disse.
Por nota, a Polícia Civil disse que as investigações do caso foram iniciadas pela Força Tarefa de Homicídios do Região Metropolitana Norte.
Ainda segundo a polícia, a vítima tem 39 anos e estava com outros colegas de trabalho quando foi atingida por um tiro no bairro de Caetés III, onde realizavam um serviço “na residência do autor, um homem de identidade desconhecida”, disse, no comunicado.
Segundo a esposa da vítima, que preferiu não ser identificada, o marido disse a verdade quando apelou para não ser assassinada. O casal tem duas filhas, uma com 12 e outra com 13 anos.
“Elas me contaram e estão muito abaladas, chorando muito. A informação que eu tive foi que o rapaz se alterou por conta do corte de água, foi para cima dele e deu um tiro nele. Também estou muito triste, abalada, abatida, nunca pensei que isso iria acontecer”, afirmou.
O trabalhador foi levado para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, na Região Metropolitana. Ele passou por cirurgia para retirada da bala e, de acordo com a unidade de saúde, está consciente e orientado, na sala de recuperação, aguardando vaga na enfermaria.
Por nota, a Compesa disse que “repudia veementemente o ato de violência” praticado contra o profissional da empresa terceirizada prestadora de serviço durante o exercício de suas funções e se solidarizou com a vítima e seus familiares.
“Tão logo foi informada do caso, a Compesa prestou assistência e registrou Boletim de Ocorrência (BO) para que o caso seja apurado e o agressor responsabilizado criminalmente”, disse, no comunicado.