Miguel Coelho para o Senado: “Uma Aliança de Titãs ou o Fim das Velhas Guardas?”

As eleições de 2026 prometem ser um verdadeiro palco para os gladiadores da política pernambucana, mas o que está em jogo não é apenas o governo estadual ou uma cadeira no Senado. É o futuro de uma política que, por décadas, foi dominada por dinastias. De um lado, temos João Campos, herdeiro de Eduardo Campos, do PSB, que luta para unificar o estado sob uma plataforma moderna e inclusiva. Do outro, os Bezerra Coelho — uma família cuja força está enraizada no sertão e que se recusa a ceder espaço para as “novas caras” de Pernambuco.

Fernando Bezerra Coelho (MDB) não deixou dúvidas ao anunciar Miguel Coelho (União) como candidato ao Senado: ele está determinado a manter a influência, custe o que custar. Essa declaração colocou Seu filho diretamente na corrida e levantou a questão sobre como o PSB irá acomodar não só Miguel, mas também as aspirações de nomes pesados como Marília Arraes e Humberto Costa, sem dilacerar a própria base.

O PT, tradicional parceiro do PSB, já deixou claro que a reeleição de Humberto Costa é prioridade, especialmente com o presidente Lula olhando de perto essa disputa. E Marília Arraes? Segundo bastidores, a prima de Campos estaria de olho em uma das vagas, tornando o cenário ainda mais estreito. Como João Campos conseguirá orquestrar essa sinfonia de egos, tradições e pretenções?

A verdade é que uma tentativa de união entre esses atores políticos pode vir cheia de espinhos. Se Campos decidir apoiar Miguel para o Senado, enfrentará o risco de desagradar os eleitores progressistas que sustentaram seu palanque em Recife. E se o PSB abrir mão de apoiar Gonzaga Patriota, um de seus membros mais antigos e que também busca apoio da legenda para disputa, pode minar a própria unidade interna.

Assim, enquanto Fernando Bezerra Coelho afirma publicamente que Miguel será “a força” para Pernambuco no Senado, o verdadeiro teste está em como João Campos vai equilibrar essa balança, sem deixar que sua coalizão se esfarele sob o peso das próprias ambições. Sendo assim, em 2026, o povo pernambucano poderá estar diante de uma aliança de titãs ou do fim de uma era onde a política de família ditava as regras do jogo.

Post Author: Rogenilson Reis

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