Deputado teve seu pedido liminar para remoção da banda “Bozokill” do Palco do Rock indeferido
O Carnaval de Salvador entra no seu último dia oficial de festividades na capital baiana. A terça-feira (4) também será marcada pelo Palco do Rock que terá na programação de hoje a apresentação da banda “Bozokill”, mas a referida atração é protagonista de uma ação junto ao Ministério Público da Bahia (MPBA) para sua remoção da grade do evento. O pedido foi protocolado pelo deputado federal Capitão Alden (PL-BA) que considerou o grupo musical e suas músicas com alusões e incitações a violência.
Na argumentação utilizada pelo parlamentar na Ação Popular protocolada junto ao MPBA, o político reforçou a proibição da banda e da reprodução de músicas que propaguem violência e discurso de ódio contra o ex-Presidente da República Jair Bolsonaro, apoiadores e grupos Conservadores da Direita, sob pena de multa.
Mas, o Ministério Público da Bahia indeferiu o pedido do militar baiano, pois não considerou nenhum dos argumentos apresentados pelo Capitão Alden e conduziu a interpretação como “liberdade de expressão”, o que gerou indignação do bolsonarista.
“No dia 1º de março, fiz uma denúncia de que o Governo da Bahia estaria financiando um evento de rock com a participação de uma banda chamada ‘Bozokill’, que uma das músicas fazia apologia a violência e ainda pregava a morte de Bolsonaro e seus seguidores. Na denúncia feita ao MPBA apresentamos todos os elementos que demonstravam isso, fotos do logomarca da banda que aparecia a cabeça de Bolsonaro arrancada e ensanguentada! Camisas utilizadas pelo grupo e ainda a música, com os trechos da letra de uma música chamada “Mate um Minion Hoje”. E pasmem! O Ministério Público da Bahia em sua decisão indeferiu o nosso pedido para impedir a banda de tocar no festival do rock!”, comenta Alden.
De acordo com o deputado federal Capitão Alden, a decisão do Ministério Público da Bahia é questionável, pois em sua argumentação na Ação Popular protocolada foram apresentados nítidos indicativos de incitação à violência e promoção ao discurso de ódio.
“Esse é o Brasil! Onde a ‘Justiça’ entende que uma banda de rock que incita claramente a morte de Bolsonaro e seus seguidores é ‘liberdade de expressão’. E a mesma ‘Justiça’ que condenou a 17 anos de prisão uma senhorinha de 67 anos que disse: ‘vamos pra guerra, vamos pegar Xandão’. Essa é a ‘Justiça’, que solta um colombiano preso com mais de 1 tonelada e meia de drogas, mas mantém presa uma cabeleireira que pichou ‘perdeu, mané’ de batom na estátua representando a ‘Justiça’. Essa é a ‘Justiça’, onde uma Juíza entende que um criminosos não teve intenção de matar e manda soltar homem que baleou policial na cabeça durante operação no Rio Grande do Sul. Essa é a mesma ‘Justiça’, que diz que uma cantora comete ofensa religiosa ao substituir uma palavra associada à religião de Matriz Africana, mas também não condena e até diz ser liberdade de expressão, quando usam e abusam da imagem de Jesus Cristo. Fazem encenações religiosas com cunho pornográfico, cagam e urinam em cima da Bíblia Sagrada, e zombam dos cristãos!”, diz Alden.
O parlamentar sugere que existem tratamentos distintos quanto os requerentes das ações judiciais são de determinados segmentos políticos. O que ele considerou uma espécie de ativismo judicial. “São dois pesos e duas medidas! É lamentável! É revoltante e inenarrável o sentimento de impotência e injustiça! Mas, continuarei lutando com as armas que tenho! Não podemos desistir do Brasil! Uma hora, nós iremos virar o jogo!”, afirma Alden.