Nesta terça-feira (19), o vereador Inaldo Loiola (PC do B) pediu que a Câmara de Juazeiro abrace a causa dos pequenos produtores que fazem uso da água da Mineração Caraíba. Segundo o parlamentar, é o preço mais caro no município e a situação pode causar um grave problema social.
“Eu recebi na semana passada uma carta da diretoria da Mineração, não só eu como vários usuários, assinada pelo diretor Manoel Valério, onde ele faz várias explanações e trata especificamente dos valores cobrados”, pontuou o vereador.
Preço mais caro
“Os produtores falam que realmente é a água mais cara que tem praticada para os produtores no município de Juazeiro. Nós temos vários projetos de irrigação que foram implantados pelo Governo Federal, através da CODEVASF, e que são mantidos através dos distritos de irrigações que cobram preços caros e os produtores estão cobrando muito”, pontuou.
“A mineração Caraíba cobra 38 centavos o m³ de água e isso são impraticáveis para os pequenos produtores e ai pode criar um grave problema social no nosso município. Mas nesta carta, ela diz que pratica este preço desde 2016, portando se ele cobrasse o preço justo hoje seria de 62 centavos. Imagina se ela praticasse esse preço o problema social que seria para em torno de 600 usuários”, relatou Inaldo.
“De 100% que a Mineração bombeia do rio, ela usa 20%. 20% ela passa para o SAAE e Embasa e o restante, 60% são para os produtores (100 produtores de porte médio e o restante, 500, são os que trabalham com hortaliças)”, complementou.
Caso grave
“Será um caso gravíssimo se a Mineração vier praticar este preço, na carta ele não diz que vai praticar, apenas diz que está subsidiando 2 milhões de reais do produtores. A gente tem que avaliar, acredito que isto é um caso grave do município, os produtores vão vir pra essa Casa pedir apoio”, alertou.
Apoio da Câmara
“Nós temos que apoiar estes pequenos produtores. Temos que procurar os caminhos para que não aconteça este problema. Tenho certeza que esta Casa vai abraçar, que a comunidade vai se empenhar e nós temos que resolver este problema. Não é fácil, é difícil, é complicado”, finalizou Inaldo Loiola.