O ministro da Economia, Paulo Guedes, comparou servidores públicos a parasitas que destroem seu hospedeiro – neste caso, o governo. O motivo seriam os reajustes salariais automáticos quando estados estão quebrados.
A declaração foi uma tentativa de defender o projeto de emergência fiscal que permite às unidades da federação em crise medidas emergenciais, entre elas a suspensão de reajustes. Guedes defende o fim dos reajustes automáticos.
“O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, além de ter estabilidade na carreira e aposentadoria generosa. (…) O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita”, disse ele, de acordo com a Folha.
Após a fala do ministro, a assessoria de imprensa do Ministério da Economia disse em nota que a fala de Guedes foi tirada de contexto. A pasta também disse reconhecer a qualidade do servidor público do país.
Na próxima semana, o governo federal deve enviar ao Congresso uma proposta de reforma administrativa que discute as carreiras do serviço público, propondo redução da velocidade das promoções e a estabilidade do servidor. Um dos pontos é o argumento de que os custos do funcionalismo dispararam sem melhora correspondente na qualidade do serviço prestado. A ideia é que as mudanças, se aprovadas, atinjam apenas os funcionários novos.