O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), voltou a defender uma frente política contra Jair Bolsonaro que una o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o apresentador da Globo Luciano Huck.
Em entrevista à BBC Brasil, Dino disse que não quer que a esquerda brasileira chegue às eleições de 2022 isolada e tem trabalhado para construir uma aliança desse grupo com setores de “pensamentos liberais, mais pró-mercado”.
“Eu espero e luto para que seja possível em 2022 uma articulação em que, se não no primeiro turno, mas pelo menos no segundo, todos estejam juntos. Eu acredito nisto. Acredito que o Brasil avançou quando, em outros momentos da vida do nosso país, nós fizemos alianças que envolveram a esquerda e setores que não pensam de acordo com nosso ideário, (como) pensamentos liberais, mais pró-mercado”, disse Dino.
“Eu, como pessoa de esquerda, acho muito positivo que o Luciano Huck esteja dizendo essas coisas, porque eu prefiro que ele, uma pessoa conhecida, influente, esteja dizendo isto, do que apoiando o bolsonarismo. Então, eu prefiro o Luciano Huck e esses todos que eu citei tematizando a desigualdade, por exemplo, do que naturalizando a desigualdade”, afirma o governador maranhense.
Em entrevista à Veja no último fim de semana, Flávio Dino já havia defendido uma aproximação com Luciano Huck. Caso a eleição fosse hoje, Flávio Dino disse que o segundo turno seria entre Bolsonaro e Haddad. “Eu estaria novamente com Haddad, distribuindo panfleto nas ruas” (leia