A recomendação dos médicos e especialistas para combater o novo coronavírus é clara: mantenha as mãos higienizadas, lavando com água e sabão, usando o álcool gel de maneira complementar. O problema é que está difícil encontrar álcool gel em farmácias e mercados. Mas há opções para substituir o produto.
Amouni Mourad, assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia de SP, sugere três opções que podem ser usadas, combatendo o vírus de forma eficaz e também segura para a pele das mãos.
A primeira delas é o lenço umedecido antisséptico:
— Não é o do bebê, que tem ação mais neutra para evitar irritação. Mesmo aquele pode ajudar, mas não é o ideal. Tem alguns que já vem com antissépticos preparados, tira a sujeira e os microrganismos. Essa informação está na embalagem: lenço umedecido com antisséptico.
A segunda opção é o álcool “swab”. São aqueles mini lenços usados em laboratórios de análises clínica, usados antes de aplicar injeções.
— Eles têm álcool 70%, são preparados para isso. Paga um pouco mais caro, mas numa caixinha tem vários envelopinhos, é prático. Dois são suficientes para limpar as duas mãos.
Uma terceira possibilidade é o antisséptico em spray, com gluconato de clorexidina, ou apenas clorexidina.
— Pode ser usado para pequenos ferimentos, mas é para higienizar as mãos. A clorexidina faz o papel do álcool. Não são aqueles antissépticos para criança com joelho machucado.
A farmacêutica e assessora técnica alerta para que as pessoas não acreditem em receitas caseiras.
— Hipoclorito, por exemplo, é só para superfície, é a água sanitária. Até tem antissépticos à base de iodo, mas essas coisas podem agredir as mãos.
Como usar álcool gel
Segundo Amouni Mourad, o álcool gel precisa ter porcentagem entre 65% e 80% para, efetivamente, matar os microrganismos.
— Ele tem ação sobre vários microrganismos, como bactérias, fungos e vírus. É um recurso importante. Geralmente, como a bactéria é mais difícil de matar, a gente se preocupa mais. O vírus é mais fácil, só de lavar a mão com água e sabão ele não resiste.
A farmacêutica explica que para que o álcool gel seja eficaz, ele deve ser aplicado sobre uma superfície livre de sujeira orgânica. Ou seja, mas mãos precisam estar minimamente limpas para que o álcool chegue ao vírus.
O Globo