A população do Vale do São Francisco deve redobrar a preocupação com com recipientes em domicílios que possam acumular água e servirem de local para a proliferação de mosquitos como o Aedes Aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika, chikungunya, febre amarela, entre outros. De acordo com o Ministério da Saúde, os meses de novembro a maio são considerados endêmicos por serem períodos de intensas chuvas em algumas regiões ou de período quente em outras, sendo estas mudanças propicias para a proliferação do mosquito.
Os cuidados devem ser diários, uma vez que depositados os ovos do mosquito, os mesmos podem resistir até um ano. Dentro de casa, os moradores devem observar a existência de recipientes com água parada como: vasos de plantas, caixas d’água, piscinas ou qualquer outro meio que possa acumular água, por menor quantidade que seja, para evitar a proliferação do mosquito.
Em Petrolina, no Pernambuco, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, os agentes de combate às endemias estão em campo no controle das arboviroses, com o trabalho realizado, diuturnamente, para garantir a saúde da população. Com novas recomendações do Ministério da Saúde por causa do coronavírus, apenas os quintais das casas estão sendo vistoriados, a fim de evitar contato direto e próximo com os moradores.
De acordo com o segundo Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2020, Petrolina está com índice geral de 1,8%, ou seja, em estado de alerta para infestação. O nível satisfatório é inferior a 1%. As comunidades com maior índice foram Jardim Petrópolis, São Gonçalo e Vila Chocolate, com 4,0%. Em Segundo lugar, com 3,6%, aparecem os bairros Terras do Sul e José e Maria. Ocupam a terceira colocação, com 2,8%, Gercino Coelho, KM-2, Vila Mocó e Palhinhas.
Este ano em Petrolina, já foram notificados 380 casos suspeitos de dengue, com uma confirmação. As notificações de ckikungunya somam 48, também com uma confirmação, enquanto zika somam 43 casos e nenhum confirmado.
Em Juazeiro, no norte da Bahia, dados epidemiológicos da Secretaria de Saúde (SESAU) apontam que o maior índice de criadouros do mosquito acontece nas áreas residenciais. Vale ressaltar que o Aedes aegypti é um mosquito urbano, por isso, 90% de seus criadouros encontram-se no ambiente domiciliar.
Nesse momento de pandemia, com as medidas de isolamento e distanciamento social, as pessoas devem ter cuidado redrobado, em especial dentro de casa. “Aproveitem o isolamento social para fazer uma faxina em casa, observar ralos, vasos de plantas, caixa d’água, piscinas, calhas e demais recipientes que possam acumular água e protejam esses espaços para que assim não se transformem em criadouros do Aedes. Para esses cuidados só precisam 10 minutos do seu tempo e, assim, sociedade e poder público podem combater a proliferação deste mosquito”, destacou a superintendente de Vigilância em Saúde, Tatiane Malta.