Junto ao anúncio das chegadas de vacinas contra a covid-19 e à campanha de imunização, marcada para começar nesta semana, veio, também, uma enxurrada de novos casos e mortes pela doença no Brasil, subindo os patamares para o nível da primeira onda.
Novas variantes do Sars-CoV-2, mais transmissíveis, aliadas ao afrouxamento drástico das medidas de distanciamento em razão das aglomerações de fim de ano trazem uma perspectiva ainda mais preocupante de como se dará o enfrentamento à pandemia, mesmo com a população sendo vacinada.
Infectologista do Hospital Sírio Libanês, Mirian Dal Ben lança luz sobre esses fatores e explica como eles podem interferir na chegada da chamada imunidade de rebanho, quando o número de pessoas já expostas ao vírus e com resposta imune é capaz de barrar a circulação da doença.
“Há bastante evidências de que, muito provavelmente, a covid-19 vai virar uma doença endêmica, que ficará circulando. Não dará surtos se conseguirmos atingir a cobertura vacinal necessária, mas será uma doença que vai continuar existindo e, portanto, deverá permanecer no Programa Nacional de Imunização (PNI)”, avalia a infectologista.
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