A informação foi revelada pela coluna Painel, da Folha de São Paulo. Segundo a reportagem, com o ex-presidente Lula (PT) livre para candidatar-se em 2022, em decisão revalidada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana, as movimentações para a composição da chapa liderada pelo petista começam a ganhar força.
Uma das principais especulações é a do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), compor a chapa presidencial ao lado do líder do PT.
A especulação acontece após uma reunião virtual de Lula com o governador pernambucano. O gestor socialista é vice-presidente nacional do partido, mas para concorrer ao cargo, precisaria deixar a gestão do Estado até abril de 22, prazo máximo estabelecido pela legislação eleitoral para desincompatibilização do cargo.
Até o mês passado, aliados do governador afirmavam que uma aposta mais segura para o seu futuro político poderia ser concorrer ao cargo de deputado federal, mas que a composição em uma chapa presidencial ou mesmo a disputa por uma cadeira no senado Federal, ainda não estava descartado.
Atualmente, a tendência do Partido dos Trabalhadores é adotar candidaturas próprias nos Estados onde já governa e em grandes colégios eleitorais. Recentemente, o próprio presidente Lula reforçou a necessidade de compor com partidos de centro. Segundo o petista, seria importante ir além de partidos de esquerda na construção de uma candidatura pelo Palácio do Planalto.
O PT e o PSB romperam nacionalmente após o impeachment da presidente Dilma Roussef e depois ensairam uma reaproximação no primeiro turno das eleições de 2018. Só tendo oficializando o reencontro após o segundo turno, quando o PSB embarcou no projeto do PT e abraçou a campanha de Fernando Haddad contra o então candidato Jair Bolsonaro.
De lá pra cá a relação passou por alguns percalços, como as eleições municipais de 2020 no Recife, mas os caciques demonstram não nutrir apego por eventos passados.