Emoção: Mãe contaminada pela Covid-19 vê filho por videoconferência enquanto esteve internada no HU

A paciente Rafaela França viveu uma emoção que jamais esquecerá. Contaminada pelo novo coronavírus (Covid-19), ela é mãe do recém-nascido Thiago, o qual teve contato apenas pela videoconferência. Mesmo assim, Rafaela transbordou de alegria. “Foi uma felicidade indescritível!”, descreveu.

O encontro virtual foi proporcionado pelas equipes de Serviço Social e Enfermagem, enquanto esteve internada na UTI Covid do Hospital Universitário da Univasf (HU-Univasf)/EBSERH. Rafaela foi transferida via regulação do Hospital Dom Malan (HDM), unidade referência em atendimento materno-infantil, para o HU em período de puerpério, devido à contaminação pelo vírus.

Durante o acompanhamento rotineiro pela equipe multiprofissional do hospital, a paciente solicitou que pudesse ver o filho, que nasceu prematuro para diminuir os riscos envolvidos por conta do diagnóstico de Rafaela. A equipe acolheu o pedido, identificando a televisita como alternativa viável para confortar a paciente, e articulou as autorizações necessárias junto à maternidade para que a videochamada fosse realizada. A ação, facilitada com o uso de um tablet, proporcionou alento à mamãe diante da adversidade apresentada em um dos momentos mais marcantes de sua vida.

A equipe de Atenção Psicossocial do hospital, formada por psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais, possuía inicialmente apenas dois tablets. Com o aumento da demanda por televisitas, em função do contexto pandêmico, o HU-Univasf/EBSERH adquiriu mais quatro equipamentos, distribuídos entre diferentes áreas assistenciais, sendo ferramentas úteis para profissionais que auxiliam no contato virtual entre pacientes e seus familiares.

Adaptação

Desde o início da pandemia, protocolos institucionais passaram a ser atualizados a partir da análise contextual, fazendo com que os profissionais de adaptassem às novas dinâmicas sociais. “A introdução de novas tecnologias em nossa rotina tem se mostrado fundamental, sendo uma estratégia de acolhimento e cuidado, sobretudo diante da abrangência de atendimento do HU-Univasf. Portanto, a televisita acaba se mostrando uma alternativa muito benéfica para superar barreiras geográficas e garantir a segurança dos envolvidos”, relata Rebeca Machado, chefe da Unidade de Atenção Psicossocial do HU.

Rafaela França já recebeu alta hospitalar e demonstra imensa gratidão pelo esforço da equipe. “Eu queria ver meu filho e, com pouco tempo, o meu desejo de vê-lo novamente foi atendido. Passou tanta coisa em minha cabeça, foi um misto de emoções. Eu considero excelente a assistência prestada”, comentou.

Post Author: Rogenilson Reis

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