O festival de pancadaria contra a administração da prefeita Suzana Ramos (PSDB) na tribuna da Casa Aprígio Duarte Filho durante sessão ordinária, desta semana, foi elevado. Os vereadores de oposição, Mitu do Sindicato e Salvador Carvalho – ambos do PCdoB – não foram assim tão contundentes, mas os próprios vereadores da base não perdoaram, deram na canela quando denunciaram a situação das estradas, atrasos nos processos de licitações para a contratação de empresas e compra de material, chá de cadeira em porta de gabinete, povo descrente, ruas do centro e bairros abandonadas, etc.
Sem a presença do líder do governo na casa, vereador Anibal Araújo (PTC), a vereadora Neguinha da Santa Casa (MDB) terminou assumindo a responsabilidade de defender a administração municipal. “São oito meses de governo. A prefeita Suzana Ramos assumiu o município que foi comandando por um grupo durante 12 anos. Quem não se lembra que antes alguns tipos de cirurgias eram realizados em Salvador, e hoje os pacientes não precisam mais viajar”, disse a vereadora.
Ela aproveitou para chamar a atenção dos colegas de base. “Temos que apontar as coisas boas que estão acontecendo. Eu sei que muitas coisas precisam de licitações, conheço o empenho da prefeita Suzana Ramos em querer resolver os problemas; ela está formando ainda sua equipe, e isso requer tempo. Não é fácil resolver as coisas de uma hora para a outra. Todo governo que entre em Juazeiro torço para que der certo, porque é bom para população”.
Alguns políticos e formadores de opiniões da imprensa são craques em fazer comparações de Juazeiro com Petrolina, usando, em determinadas vezes, termos diminutivos depreciáveis. “Não quero comprar a minha cidade com qualquer outra. Quero que minha cidade cresça, principalmente na saúde que é a área que mais difícil, mas temos que acreditar que a nossa Juazeiro vai melhorar, que a nossa prefeita vai dá certo resolvendo os problemas de estradas, iluminação, tudo. Ela conversando comigo disse: ‘Neguinha estou trabalhando, vou trabalhar por Juazeiro’. As pessoas não podem torcer pelo o quanto pior, melhor”.