A juíza Pollyanna Kelly Martins Alves, da 12º Vara Federal do Distrito Federal, determinou o arquivamento do processo sobre o tríplex do Guarujá, no litoral de São Paulo, que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão, desta quinta-feira (27), ocorre depois que a Procuradoria da República no Distrito Federal pediu o arquivamento do caso.
Segundo as investigações da Operação Lava Jato, Lula teria ocultado a propriedade, que foi recebida como propina da empreiteira OAS, em troca de favores na Petrobras. O ex-presidente foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão, pelo então juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da operação na primeira instância.
Por conta das investigações envolvendo o trípex, Lula foi preso em 2018. Ficando 580 dias preso em uma cela da Polícia Federal, em Curitiba (PR), o petista foi libertado em novembro de 2019, após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir contra a prisão após condenação em segunda instância.
O imóvel foi arrematado por R$ 2,2 milhões, em maio de 2018, pelo empresário brasiliense Fernando Gontijo, que acabou colocando-o para sorteio, por apenas R$ 19,99. Segundo Gontijo, qualquer pessoa pode ser dona do “tríplex mais famoso do Brasil”, onde o condomínio custa R$ 2 mil por mês.