O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin confirmou na manhã desta sexta-feira (18) que se filiará ao PSB. A informação foi divulgada via redes sociais. “O tempo da mudança chegou! Depois de conversar muito e ouvir muito eu decidi caminhar com o Partido Socialista Brasileiro – PSB. O momento exige grandeza política, espírito público e união”, escreveu Alckmin.
“A política precisa enxergar as pessoas. Não vamos deixar ninguém para trás. Nosso trabalho para ajudar a construir um país mais justo e pronto para o enfrentamento dos desafios que estão postos está só começando”, completou Alckmin. O ex-governador de São Paulo comandou o Estado por quatro mandatos e deixou o PSDB no final do ano passado, após 23 anos na casa.
O futuro socialista também citou o ex-governador de Pernambuco , Eduardo Campos, ao oficializar a sua decisão. “Não vamos desistir do Brasil”. Esta frase foi dita por Campos, poucos dias antes de morrer em um acidente áreo em 2014. A declaração é um símbolo político dos socialistas.
A previsão para a cerimônia de filiação é a próxima terça-feira às 10h30. A ida de Alckmin ao ninho socialista deve oficializar uma aliança com o PT e formalizar a chapa presidencial: Lula-Alckmin.
A articulação entre o ex-presidente Lula e o governador de São Paulo tem acontecido desde o ano passado.
ESPERANÇA: Ainda nesta semana, em entrevista ao programa “Em foco”, da Globo News, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou que estava na “maior esperança” pela filiação do ex-tucano.
“Eu estou na maior esperança, está reiterado e entendemos pelo interesse dele que ele virá pelo PSB. A última palavra é do filiando. A palavra está com Alckmin”, comentou Siqueira sobre aguardar a posição de Alckmin enquanto a filiação.
As articulações pelo governo de São Paulo, maior colégio eleitoral do País e principal disputa entre as legendas na hora da formalização da chapa majoritária, também foram comentadas por Siqueira. Segundo ele, não foi definido que haverá uma candidatura única no Estado. Sendo assim, a chapa Lula-Alckmin poderia ter dois palanques estaduais, um de Márcio França concorrendo a governador (PSB) e um de Fernando Haddad (PT) concorrendo a este mesmo cargo. O que, vale destacar, é uma tese que não agrada ao Partido dos Trabalhadores e nem ao ex-presidente Lula.
“É muito comum. Nós tivemos, em 2006, Eduardo Campos e Humberto Costa, em Pernambuco, e o Lula foi nos dois”, destacou Siqueira.Folha Pernambuco